20/04/2009

As dificuldades económicas do período pós revolucionário

Após os primeiros dias de unidade politica, o processo revolucionario conheceu momentos dificeis. A tranquilidade publica foi perturbada por constantes manifestaçoes de rua, sucessivas greves e perseguições politicas aos partidos conservadores. O MFA foi afastado do poder, e progressivamente, instalou-se no país uma democracia parlamentar.
O desenvolvimento económico de Portugal foi o mais dificil de resolver. A crise económica dos anos 70, aliada às perturbações revolucionárias conduzia Portugal a uma situação de grande dependência externa. Aumentou o desequilíbrio das contas com o exterior, sobretudo devido à importação de petróleo e de produtos agrícolas.
Só através de grandes empréstimos externos, concedidos após a negociação de exigentes acordos de estabilizaçao económica com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e da imposição de severas restrições aos salários e ao consumo, foi possível evitar a ruptura das finanças portuguesas.
A subida da inflaçao acentuou-se a partir de 1975, vindo a atingir um valor proximo dos 30% anuais em 1984. A moeda continuou a desvalorizar-se sistematicamente e o poder de compra degradou-se. Com a paragem da emigração e o regresso de muitos portugues de África, o desemprego aumentou.
A gravidade da situação exigia, no começo dos anos 80, à procura de novas soluções, uma das quais foi a Adesão à Europa Comunitária, Portugal na 1ª década de 80 aderiu à CEE (Comunidade Económica Europeia).