20/04/2009

A substituição de Salazar por Marcelo Caetano - “Primavera marcelista”

Vitimado por um acidente doméstico incapacitante (Salazar tombou acidentalmente de uma cadeira com o peso, a cadeira cedeu e o chefe do Governo caiu com violência, sofrendo uma pancada na cabeça, nas lajes do terraço do forte onde, anualmente, passava as férias, acompanhado pela governanta D. Maria de Jesus). É afastado do Governo em 1968, sendo substituído por Marcelo Caetano como Presidente do Conselho de Ministros. Até morrer, em 1970, aqueles que com ele lidavam diariamente, fizeram crer a Salazar que ainda continuava a governar o país, mesmo já depois de Marcelo Caetano ter assumido o Governo.
O lugar ficou vago e Marcelo Caetano tinha o apoio da assembleia nacional. O novo chefe do governo tinha sido um fiel colaborador de Salazar, do qual, no entanto, fora progressivamente, afastando-se desde 1962.
Marcelo Caetano quando chegou ao poder, a população achava que ele iria trazer tranquilidade para o seu regime. Procurava obter uma opinião nacional: aos grupos conservadores prometia a continuidade, ao mesmo tempo que acenava com a renovação daqueles que exigiam a democratização e a modernização do País. Caetano passou a uma descompressão política, aliviando a repressão policial, permitindo o regresso de alguns políticos
Em 1969, deram-se as eleições para a Assembleia Nacional, e acreditava-se que o regime iria respeitar as regras democráticas, mas os únicos deputados eleitos foram-no pelo Governo.
Em relação ao Marcelismo é a continuação de Salazarismo.